“Não foi ciúmes. Os motivos foram ameaças, perseguições”, diz advogada do dentista que matou auditor
Na noite de segunda-feira (14), de março o jornalismo Hertz Notícias conversou com a advogada do dentista Samir Panise Moussa, de 48 anos, que matou o auditor fiscal Adriano Willian de Oliveira, de 52 anos. Linda Luiza, disse ao repórter Leandro América, que ao contrário do que foi divulgado e descrito no boletim de ocorrência, o crime não ocorreu por ciúmes da ex-mulher, mas por ameaças e perseguições.
“Com certeza você se pergunta, então qual foi o motivo do crime. O motivo posso adiantar a vocês que não se tratava de ciúmes, o motivo foi ameaças, perseguições e que vai ser esclarecido no decorrer das investigações, infelizmente eu não posso dar maiores detalhes agora porque pode prejudicar as investigações e também porque envolve a intimidade de várias pessoas aí, a gente não gostaria né, eu acho que ninguém gosta de ver a sua intimidade trazida a tona, mas a gente vai informar aos meios de comunicação conforme a coisa for acontecendo”, declarou a advogada.

Ela ainda disse que Samir está arrependido e que agiu sob efeito de medicamentos. “Com relação ao que aconteceu a primeira coisa que eu gostaria de destacar é que o Samir está extremamente arrependido do que aconteceu, já que são duas famílias que sofreram perdas inestimáveis, que estão sofrendo muito com todo o ocorrido, infelizmente o Samir não conseguiu dar o seu depoimento na delegacia, mas a vontade é colaborar com as investigações, ele não conseguiu porque ele estava sob efeito de medicamento que ele toma para depressão, enfim inclusive quando ele cometeu o crime ele estava sob efeito desses medicamentos”, destacou Luiza.
A advogada ainda destacou que Samir tinha a guarda dos filhos, após o divórcio e que não ofereceu resistência ao ser abordado pelos policiais, horas após ter cometido o crime, inclusive levando a polícia ao local, onde havia deixado a pistola usada para matar Adriano; ouça abaixo a fala completa da advogada na reportagem.
O crime
O assassinato de Adriano aconteceu durante a noite do último sábado (12), quando ele saiu do bar Vila Madalena e entrou em sua caminhonete S-10 que estava estacionada na avenida Major Nicácio, na área central de Franca. Nesse momento, Samir se aproximou do veículo e com uma pistola calibre 380, atirou quatro vezes contra o auditor fiscal. Imagens de uma câmera de segurança registrou o crime; veja abaixo:
Os tiros atingiram o rosto e tórax de Adriano que morreu no local. Em seguida, o dentista fugiu em um Passat e foi até um condomínio de chácaras no Residencial Terra Brasil e nos galhos de uma mangueira, deixou a arma usada no assassinato.
Ao retornar para casa, no bairro Santa Rita, ele foi preso pelos policiais militares e levado à CPJ (Central de Polícia Judiciária). De acordo com o registrado em boletim de ocorrência, Samir não ofereceu resistência à prisão, apontou o local que havia deixado a arma e confessou o crime aos militares.

Ao chegar em casa no bairro Santa Rita Samir foi preso pelos Policiais Militares da Força Tática e não esbouçou nenhuma reação, ele foi levado até a CPJ (Central de Polícia Judiciária), onde prestou depoimento.
Samir foi conduzido ao sistema prisional e o corpo de Adriano foi cremado no último domingo (13), em Ribeirão Preto (SP). O caso está sendo investigado.