Vacinação contra a gripe entra na reta final com baixa procura em Franca
O Estado de São Paulo convoca toda a população para comparecer aos postos nesta reta final da campanha de vacinação contra a gripe, que se encerra em 9 de julho, mas que ainda têm baixas coberturas. Até o momento, os percentuais de todos os públicos ainda estão abaixo de 62% com exceção dos indígenas, totalmente vacinados.
Em Franca, foram aplicadas até o momento 100.777 mil doses do imunizante para todos os públicos-alvo da campanha. Os idosos, normalmente são os que mais procuram os postos para receber a vacina, mas dessa vez, menos da metade se vacinou, foram aplicadas 51.847 doses, o que representa 45,7%, desse público.
Até o momento, 28.652 crianças com idades entre seis meses até 5 anos (54,8%), gestantes são 3.301 vacinadas (50,9%), 11.541 trabalhadores de saúde (60,8%), 794 puérperas (74,5%) e 4.642 professores (57,3%).
Homero Rosa Júnior, médico responsável da Vigilância Epidemiológica, destacou que a vacinação contra a Covid-19, as dúvidas em relação aos imunizantes e também as “fake news”, podem estar influenciando na baixa procura das pessoas; ouça abaixo na reportagem.
Confira o número de doses aplicadas e a cobertura vacinal por região:

A vacinação contra a Gripe Influenza continua atendendo as crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias, gestantes e puérperas, idosos acima de 60 anos, profissionais de saúde e professores das escolas pública e privada, incluindo também pessoas com comorbidades e com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e mental ou múltipla); caminhoneiros, trabalhadores portuários e de transporte coletivo; profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade, jovens e adolescentes sob medidas socioeducativas.
O atendimento está sendo prestado das 7h30 às 12h, nas seguintes UBS Santa Clara, Horto e Santa Terezinha. A orientação é para que as pessoas que receberam o imunizante contra a Covid, que levem o cartão da vacina para avaliação da data.
A campanha
Esta terceira e última etapa da campanha, que começou no dia 9 de junho, está disponível para 5,1 milhões pessoas com comorbidades e com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e mental ou múltipla); caminhoneiros, trabalhadores portuários e de transporte coletivo; profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e jovens e adolescentes sob medidas socioeducativas. Porém, até ontem (29), somente 651 mil pessoas destes grupos se imunizaram.
Visando reduzir aglomerações para reforçar a prevenção à Covid-19, o cronograma da campanha foi dividido em três etapas e, mesmo entre os grupos inseridos anteriormente e que ainda podem comparecer aos postos, ainda há baixa adesão.
A primeira etapa começou em 12 de abril, voltada a 5,5 milhões de pessoas. Desse total, somente 3,1 milhões aderiram à campanha até o momento, somando 2 milhões crianças (61,7% de cobertura vacinal), 226,1 mil gestantes (51,7%), 815,2 mil profissionais da saúde (52,5%) e 43 mil puérperas (59,9%). Também foram vacinados 6,5 mil indígenas, plenamente alcançados com a campanha.
Outras 7,8 milhões de pessoas estavam incluídas na segunda etapa, realizada a partir de 11 de maio. Somente 4 milhões procuraram os postos até o momento. Entre os idosos, que tradicionalmente têm alto engajamento na campanha, foram aplicadas 3,7 milhões de doses, o que equivale a apenas 51,7% da cobertura vacinal. Também foram imunizados 276,1 mil professores, com 50,7% de alcance (confira abaixo dados por região).
“Contamos com a participação de todos os públicos para a conclusão da campanha, sobretudo, com a finalidade de se protegerem contra o vírus Influenza. É fundamental a conscientização de todos quanto a importância de se vacinar “, diz a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araújo.
Seguindo a legislação, deverão ser priorizados nas salas vacinais os idosos com mais de 80 anos e há triagem diferenciada e orientações para quem apresentar sintomas respiratórios.
O Instituto Butantan disponibiliza ao Brasil 80 milhões de doses da para a campanha nacional, com produção integral do imunizante e sem necessidade de importação de matéria-prima. O imunizante deste ano é constituído por três cepas de Influenza: A/Victoria/2570/2018 (H1N1)pdm09; A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).
Em 2020, o Estado de São Paulo registrou 809 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atribuíveis ao vírus Influenza e 119 óbitos.
“A gripe e a Covid-19 são doenças respiratórias que circulam simultaneamente aqui no Estado. Por isso, toda medida preventiva é necessária para cuidar de si e do próximo. A vacina é totalmente segura e não causa gripe, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que garantem a devida proteção”, complementa Núbia.
Covid-19
Quem está nos grupos da campanha de gripe e também estiver entre os públicos da vacinação contra Covid-19 deve respeitar um intervalo de 14 dias para receber doses destinadas a prevenção contra estas doenças.
Se houver interesse em intercalar o cronograma, como o imunizante contra o novo coronavírus é aplicado em duas doses, é possível receber a primeira, aguardar 14 dias para receber a da gripe, e depois esperar no mínimo mais 14 dias para receber a segunda dose contra Covid-19.
Respeitando os protocolos de prevenção, as salas de vacinação deverão manter organização do ambiente e evitar aglomerações, com distanciamento entre mesas e profissionais e pacientes, além da disponibilização de álcool para higienização das mãos.
A aplicação da vacina contra a gripe deve ocorrer em sala distinta da reservada para imunização contra Covid-19.
Os profissionais estão orientados a fazer triagem com identificação de paciente com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e falta de ar. Os que apresentarem apenas tosse ou coriza poderão receber a vacina, com a orientação para procurar um serviço de saúde. A mesma recomendação será dada aos que apresentarem febre ou mau estado geral, e neste caso a aplicação da vacina precisará ser reprogramada até a recuperação do quadro clínico.
Reportagem: Thiago Garcia
*Com informações da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo